segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O verdadeiro amor

Quando Jesus fala de amor no Novo Testamento usa a palavra ágape, sendo um amor traduzido pelo comportamento e pela escolha. Quando ouvimos falar da expressão maior do seu amor, a cruz, não o vejo falar do amor eros, storgé ou philos. Cristo descreve um amor desinteressado, incondicional  e de escolha deliberada, independente de classe social, credo e cor. Uma vez predestinados somos convocados a vivermos conforme Cristo andou, num amor sem medida a ser denunciado pela Igreja de Cristo através de suas obras. Se de fato temos vivido nesse amor, somos convocados a enxugar o choro dos órfãos e da viúva, a saciar o faminto, a dar água ao sedento, a aquecer o necessitado. Somos convocados a matar nossos prazeres e vaidades, a renunciarmos o Mamon presente em nossas vidas.  Exercer amor ao próximo não significa simplesmente ter afeição por ele, significa oferecer a ele a mesma medida de amor que gostaríamos que nos fosse oferecida.
 “A maior carência de nosso tempo é de uma que se torne o que ela raramente tem sido; o corpo de Cristo com a face voltada para o mundo, amando aos outros independente de religião ou cultura, derramando-se numa vida de serviços, oferecendo esperança a um mundo aterrorizado e apresentando-se como alternativa genuína ao presente estado das coisas”. _ Brennan Manning

sábado, 19 de novembro de 2011



Dependo de ti
Paulo César Baruk

Louvar-te é bem mais do que eu mereço,
Adorar-te é mais profundo do que eu pensei,
Servir-te é tudo o que eu espero
O que mais quero é estar mais junto a ti.

Derramar perante Ti os meus anseios
A minha oferta nesta hora é a verdade,
E te mostrar os meus pequenos sonhos,
Ah Senhor, como eu dependo de ti...

Louvar-te é bem mais do que eu mereço,
Adorar-te mais profundo do que eu pensei,
Servir-te é tudo o que eu espero
O que mais quero é estar mais junto a ti.

Derramar perante Ti os meus anseios
A minha oferta nesta hora é esta música pai,
E te mostrar os meus maiores sonhos,
Ah Senhor, como eu dependo de ti...

Para me curar,
Para me ensinar
O caminho que devo seguir.
Podes me usar Senhor,
Como Tu bem queres...
Abro o meu coração


domingo, 23 de outubro de 2011

PRA QUEM É O SEU CULTO? PRA DEUS OU PARA AS PESSOAS?

Hoje em dia a logística aplicada nas igrejas para o domingo é quase comparável as grande magazines dos shoppings. Tudo para receber melhor o “cliente”. Um esforço enorme é dispensado pela audiência da platéia, que precisa ser constantemente animada para continuar frequentando o ministério de “estimação”. Milhões são gastos em propaganda e marketing de pessoas, eventos e produtos, mas com qual finalidade? A quem querem agradar?


Sei que existem também pessoas dedicadas à outras pessoas. Que acreditam que servir a Deus é servir o outro. Que encontram no desabrigado, no louco, no viciado, no preso, no faminto e naquele que se prostitui, a possibilidade de serem alvos do amor de Deus e por isso pregam a Palavra que Salva. Ajudam naquilo que se envolvem e investem dinheiro para promover a vida e a dignidade naqueles que nada mais podem perder a não ser a eternidade longe de Deus. Gastam e se gastam, mas com outras finalidades e motivações.


Preciso falar dos cantores/levitas (termo usado erroneamente), que gostam de dizer que deixaram tudo de lado para servirem ao Senhor, mas exigem hotel de alto padrão, cachês altíssimos, e tratamento vip como se fossem celebridades. Ainda temos os pregadores que se valem de livros de auto-ajuda e chavões empresariais para decretar a vitória do povo que quer ganhar o mundo inteiro, mas que vão perdendo a própria alma, enquanto outros “ministros” parecem apresentadores de “stand-up comedy”, tentando ganhar a simpatia do auditório e sendo animadores de gente infantilizada.


Mas existem também os verdadeiros adoradores, poetas de Deus, que profetizam as mazelas e o pecado em suas músicas, que não tem vergonha de viverem das ofertas de seu material, que conhecem o limite do bom senso e da equanimidade. Do pregadores que se valem da simplicidade da vida atrelada ao conhecimento bíblico, que pregam contra o pecado e a passividade espiritual como doenças crônicas do nosso tempo, contra a busca desenfreada pelo dinheiro e pelo sucesso. Ministros de Deus que nos ensinam como autênticos mestres, afirmando que nem tudo é demônio e pecado. Profundos conhecedores da verdade eterna que nos tornam mais adultos e sadios na alma, e que nos animam a continuar a jornada espiritual, apesar das dificuldades e obstáculos naturais e sobrenaturais.


Não falo de duas igrejas diferentes, mas de uma mesma igreja com pessoas diferentes. O joio e trigo crescem juntos. O bem e o mal andam de mãos dadas dentro dos templos. O fato é que existem dois tipos de igreja dentro da mesma Igreja! Aquele tipo de pessoa que cultua pessoas, e aquela pessoa que cultua Deus. A diferença está na razão pela qual cultuam e porque fazem o quê fazem!


Aqueles que prestam seu culto para pessoas, são levados pelo orgulho, pela inveja, pela competição e pela idolatria à homens. A verdade e a sinceridade do que se é de fato, jamais são bem vindas para este tipo de gente, geralmente tomados pelo egocentrismo de seus corações e pelo desejo de uma vida terrena feliz e tranquila. A ambição, o misticismo exagerado, o tradicionalismo engessante, e a preocupação com a aparência de uma vida “certinha”, são alguns sinais claros de uma pessoa que vai contra o paradigma bíblico de conversão cristã.


Já as pessoas que cultuam a Deus, são bem diferentes. Há erros e arrependimentos, há o reconhecimento de suas imperfeições e limitações. Há provações de todo tipo. O seu discurso não é idealizado para agradar ninguém que não seja Deus, e mesmo que estes sejam líderes, reconhecem o seu papel de servos e dependentes de Deus, e sabem que a última palavra é sempre da Bíblia, nunca deles ou de homens. Essa turma já não pleiteia grandes coisas terrenas, pois o seu coração busca o que é celestial. Então ao entrar em nossas igrejas precisamos indagar esta pergunta a nós mesmos: Pra quem é o nosso culto hoje? Pra Deus ou para as pessoas?
Por Bruno dos Santos, extraído http://prbruno.blogspot.com/

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Longe de ser um cristão comum


Não me considero uma cristã exímia (e ainda estou longe de ser), mas tento ponderar minhas atitudes (apesar de muitas vezes não conseguir fazer, de certo tenho tentado), afinal eu tenho o Espírito Santo de Deus que “convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8)”. Bem, me convencer do pecado, isso basta para que eu entenda onde tenho errado. Creio que todos sabemos onde temos errado e no que precisamos melhorar. Ultimamente tenho visto igrejas lotadas de crentes, supercrentes, superprofetas, homens e mulheres que dizem ser a boca de Deus aqui. Bem, eu tenho sentido falta de alguns cristãos, sabe aqueles homens e mulheres simples regidos por princípios, que ficavam nas escolas bíblicas e nos cultos de doutrinas nos ensinando acerca da Palavra? Cristãos simples que não precisavam de muitos discursos para exortar precisando apenas das palavras de Cristo para amortecer nossos corações, tentando fazer com que permanecêssemos nos mesmos princípios que foram criados. Homens e mulheres de Deus de verdade, diáconos de verdade, pastores de verdade. Hoje vejo isso ruir em nosso meio, a igreja cedeu espaço para crentes que mais parecerem embalagens de supermercados, aquelas tão bonitinhas e sem conteúdos valiosos. Eles precisam berrar para serem vistos, dar as melhores ofertas, ter a mais bela voz, ou subir ao palco fazendo culto-show. Se isso não for suficiente, é preciso estampar aos quatro ventos quantos frutos ganharam o ano todo. Não precisamos ser vistos nem notados pelos homens, nem precisamos almejar aquilo que o mundo oferece. Basta sermos quem somos e facilmente anunciaremos as obras de CRISTO. Isso me faz lembrar uma pequena história, não se conseguirei extrair com riqueza todos os detalhes, mas é basicamente assim:

“Certa vez, um jovem cristão louco e apaixonado por Cristo, avistou um humilde carroceiro, sujo e maltrapilho. Segundo ele essa seria uma boa oportunidade de apresentá-lo a Cristo e de fato ganhar essa vida. Não demorou se dirigiu ao senhor bem eufórico, disposto a anunciar as boas novas. Começou a falar do amor de Cristo, e de suas grandes obras, e daquilo ele poderia lucrar conhecendo o Seu amor. De repente, aquele senhor ouvindo atentamente o jovem revelou que já conhecia e vivia esse amor. O jovem cristão não entendeu como uma pessoa que um dia conheceu esse amor poderia viver daquela forma e na aparente condição de miséria. Mesmo assim, julgou que algo estaria de errado e ele ainda poderia oferecer algo àquele homem. Entretanto, o senhor começou a falar do amor e o poder de Deus, falava disso com propriedade, pois tinha intimidade e conhecimento de Deus. Seu pequeno filho padecia de uma enfermidade, e ele muito orava ao Senhor para que ele fosse curado. Infelizmente, não teve sucesso, o filho morreu em seus braços. Porém, decidiu não se desesperar e procurou lembrar-se das promessas de Deus, tomou o filho nos braços, o abraçou, orou e chorou a noite inteira, e depois durante toda a madrugada para que Deus o ressuscitasse. Seu pequeno filho ressuscitou. Ao ouvir essa história o jovem cristão pasmou questionando-se sobre essa fé, de fato Ele não a tinha. Julgou o carroceiro e aquilo que ele pensava acrescentar foi acrescentado por àquele homem a sua vida”.

Aquele homem simples não era só mais um crente, era um cristão com uma fé inabalável, estava bem longe de ser um cristão comum, desses que encontramos espalhados por aí. Ele vivia as promessas do Pai, conhecia muito bem o amor do Senhor. Ser cristãos simples, amantes de Deus e da Sua Palavra, isso sim fará diferença em nossa vida, o mundo notará que somos com facilidade e não precisamos nos mascarar para que isso ocorra. Se assumirmos a postura de filhos e revestirmo-nos da autoridade que Ele nos deu, facilmente seremos reconhecidos como sal e luz nesse mundo.







domingo, 24 de julho de 2011

domingo, 5 de junho de 2011

O crescente Desprestígio da Pregação


A observação de que neste século, mais uma vez, a Igreja está marcada com o declínio da pregação, a exemplo do que houve no período pós-apostólico, é demonstrada por Lloyd-Jones que, mesmo tendo algumas posturas “radicais”, defende a pregação como sendo a principal tarefa do pregador e a razão maior do seu chamado.
No final da década de 60 Lloyd-Jones já denunciava algumas das tendências de mudanças na ordem de culto geralmente pretendidas pelas igrejas, chamando-as de “elementos de entretenimento no culto”. Para ele, na medida em que a pregação perdeu sua importância, foi necessário dar ênfase a outras partes do culto. Em sua análise, o maior culpado pelo desprestígio da pregação é o próprio púlpito; toda vez que o púlpito está correto e a pregação é autêntica, isso atrai e arrebanha o povo para ouvir .
Um famoso ministro norte americano, Warrem Wiersbe, destacado pelo ministério radiofônico que desenvolve há décadas e por alguns livros, escreveu uma obra traduzida para o português com o título “A Crise de Integridade”. Nele, o autor reconhece o desprestígio da pregação no meio evangélico de seu país e conclui: “o tipo errado de pregadores, compelido por motivos errados, criou o tipo errado de cristãos mediante a pregação da mensagem errada.”
Desta forma, a pregação que é tão prioritária para a vida da Igreja tem, nos próprios pregadores, os principais responsáveis pelo seu desprestígio. Vale a pena lembrar a definição da pregação segundo Blackwood: “a verdade de Deus proclamada por uma personalidade escolhida com o fim de satisfazer as necessidades humanas”. Ora, podemos concluir que o fato da pregação estar desprestigiada se deve, principalmente, à incapacidade dos púlpitos em “satisfazer” as necessidades humanas.
Aproveitando a definição acima vale ressaltar que o que faz a pregação é a veracidade bíblica exposta fielmente e aplicada relevantemente ao homem contemporâneo. Parece-nos que nos dias atuais nossos pregadores cumprem a primeira das condições e desprezam a segunda.
Estas mesmas duas condições podem ser encontradas na definição de sermão de John H. Jowett. Para ele o sermão tem que ser uma proclamação da verdade “como vitalmente relacionada com os homens e mulheres que vivem”. Ele diz que um sermão precisa tocar a vida onde o toque seja significativo, “tanto nas suas crises como nas suas corriqueirices”. Completa ainda que o sermão precisa ser “aquela verdade que viaja em companhia dos homens morro acima e morro abaixo, ou na planície monótona”.
É justamente por isso que a pregação é tão importante para os ouvintes. Há uma “fome” deste toque especial patrocinado pela Palavra pregada. Na medida em que esta pregação é ineficiente em suprir os ouvintes desta necessidade, deixa de ser prestigiada.
 Este desprestígio é observado também por James Crane. Para ele isto se deve, principalmente, à inaptidão em estabelecer objetivos realmente relevantes para a pregação. Crane lembra que a pregação só tem sentido quando imbuída de um propósito persuasivo. Argumentando acerca disso, ele cita G. Campbell Morgan:
Toda pregação tem um só fim, a saber, o de tomar cativa a cidadela central da alma humana, ou seja, a vontade. O intelecto e as emoções constituem vias de aproximação que devemos utilizar. Porém o que temos de recordar sempre é que não temos atingido o verdadeiro fim da pregação enquanto não for atingida a vontade, constrangendo-a a fazer sua escolha de acordo com a verdade que proclamamos.
Sem este caráter persuasivo a pregação perde sua eficácia e, consequentemente, seu prestígio junto à própria Igreja. E qual o resultado para a Igreja deste estágio em que a pregação se encontra? A própria Bíblia, no livro de Provérbios nos mostra o resultado natural da ausência da legítima e eficiente pregação: “Não havendo profecia, o povo se corrompe”.


Por Bispo Paulo Petrizi

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Como distinguir o verdadeiro do falso pentecostalismo?

Ao elaborar um estudo essa pergunta remoeu por alguns momentos meus pensamentos. Afinal como fazer essa separação? Muito se fala de pentecostalismo, entretanto muitos ainda não conseguem entender o significado disso na vida de um cristão.
A Bíblia nos relata que no dia de Pentecostes, 50 dias após a ascensão do Senhor Jesus, o Espírito Santo veio sobre todos que estavam reunidos naquele lugar e depois desse momento a Igreja nunca mais veio a ser a mesma.
A promessa de derramamento do Espírito alcançou a todos os sedentos e desde então a ação renovadora e transformadora do Espírito estremeceu a Igreja, e de certo ainda deveria estremecer pois Ele não perdeu sua essência.
Quando eu era adolescente aprendi que ser cristão significa ser Cristo pequeno. Cresci entendendo que ele fazia parte da minha, pois seu Espírito habitava em mim. Ter a presença do Espírito era ser pentecostal.
Hoje ouço falar de uma pentecostalismo que despreza a soberania da Palavra, que não visa o conserto e renúncia o arrependimento. Que gera uma igreja sem raízes, sem vida, sem frutos.
Só seremos pentecostais se permitirmos que o Espírito continue a mover nossas vidas. Se você ainda aguarda o som de um avivamento, provavelmente os seus ouvidos ainda estão cerrados ou você não consegue entender o significado disso, quem tem ouvidos ouça!!!. O Espírito já fala.
Se a peça já foi escrita e as cortinas já foram abertas não temos mais o que esperar, a Palavra já foi lançada. Sem muitos gritos ou alardes, sem tambores ou buzinas, simplesmente permitindo que o Espírito desempenhe as funções que lhes foram confiadas: convencer o homem do pecado, da justiça e do juízo, alcançando corações através da singeleza de Sua Palavra
.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

PROFETAS CALADOS

"Os profetas de Israel, que profetizam acerca de Jerusalém, e veem para ela visão de paz, não havendo paz, diz o Senhor DEUS. (Ez 13:16)
...
E vós me profanastes entre o meu povo, por punhados de cevada, e por pedaços de pão, para matardes as almas que não haviam de morrer, e para guardardes em vida as almas que não haviam de viver, mentindo assim ao meu povo que escuta a mentira?" (Ez 13:19)



Quando Jesus ensinava o povo, interessava a Ele saciar a todos os que tivessem fome e sede justiça, independente de classe ou hierarquia. Hoje, a Palavra permanece, o Evangelho não perdeu sua autenticidade, entretanto muitos ministros enveredaram por ensinamentos contrários àqueles que Cristo nos anuncia. Mais se fala de resgatar almas para o ministério do que resgatá-las para Cristo. Travou-se uma corrida entre denominações, onde o pódio é o púlpito e o troféu são nossas ovelhas. À medida que a Igreja cresce se desvincula de Deus e dos seus ensinamentos, restando apenas nos púlpitos discursos de paz, prosperidade e ensinamentos que mais alimentam o ego de nossa alma do que nos levam ao arrependimento. Homens que tentam encobrir o lume da Palavra, que fecham os olhos para os tropeços e para o pecado por conveniência para não verem seus ministérios ruírem, não por temerem a potente mão de Deus, mas por temerem represálias da sociedade.

"Portanto assim diz o Senhor DEUS: Eis aí vou eu contra as vossas almofadas, com que vós ali caçais as almas fazendo-as voar, e as arrancarei de vossos braços, e soltarei as almas, sim, as almas que vós caçais fazendo-as voar.
E rasgarei os vossos véus, e livrarei o meu povo das vossas mãos, e nunca mais estará em vossas mãos para ser caçado; e sabereis que eu sou o SENHOR." (Ez 13:20-21)

Ainda quero ouvir o Senhor falar através dos profetas.
Ainda quero olhar nas praças, nas igrejas, nos púlpitos um povo que resplandece a Tua glória.
Quero ainda ser atraída a Tua presença quando ouvir um louvor.
Ainda quero reconhecer o meu pecado quando em amor for exortada por tua palavra.
Ainda quero derramar a minha alma perante o Senhor quando entrar na tua casa.
Quero contemplar em meio à simplicidade a ação do Teu Espírito.


 Ah Senhor, levanta em meio ao profano uma geração inconformada com este século, uma geração que jamais poderá ser confundida por que tem Tua marca. Levanta uma juventude sedenta por Tua palavra, que ama a Tua casa, que exale o Teu bom perfume. Uma geração atenta ao som da Tua voz, que reconheça os Teus sinais, que viva a Tua Palavra.
Ah Senhor, liberta minha alma, faz com que meus lábios denunciem a grandeza do Teu amor, que haja autenticidade em minhas palavras, que haja vida em meus discursos, que meus pés anunciem a Tua Paz. Conserva o meu coração puro nos dias maus, que dia a após dia meu coração busque o Teu, que alcance sabedoria, que atraia a Tua Glória.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

A CRISE DE IDENTIDADE DA IGREJA I



O que é ser cristão no mundo, hoje? Parece-nos que esta pergunta não tem sido bem respondida pelos pastores com seus sermões. Nossa pesquisa junto aos membros das Igrejas Batistas da região de Campinas aponta que há diversos temas atuais que nunca são abordados por quase a totalidade dos pregadores, embora seus ouvintes vivam num mundo perturbado por tais questões. O mais grave disso é que nossa pesquisa junto aos pastores aponta que boa parte deles nem sequer busca conhecer ou atualizar-se acerca destas questões cruciais e atuais.

A necessidade de a Igreja adaptar-se ao contexto social é reconhecida por Merval Rosa. Para ele na falta desta capacidade está a razão para que a nossa pregação quase sempre se dirija a problemas apenas em termos genéricos. Para ele, damos margem àqueles que nos acusam de pregarmos “uma espécie de alienação”.

Merval Rosa conclui que a pregação é o principal meio para transmitir ao homem códigos que lhe possibilitem ser “sal e luz para a Terra”. Da forma como a pregação é feita hoje, onde o indivíduo ouve que deve tornar-se agente de transformação na sociedade, mas deixa de receber os instrumentos para esta ação, a crise de identidade tende a perpetuar-se.

O indivíduo convertido por nossa pregação fica quase sempre fechado e protegido dentro da comunidade evangélica numa espécie de marginalização social. (...)

Em grande número de casos é difícil encontrar a relação entre aquilo em que nós cremos e nosso comportamento na vida cotidiana. Será que um pregador do Evangelho do período apostólico reconheceria nossa pregação? Ao entrar hoje em nossas igrejas para ouvir nossos pregadores o que pensariam que estão querendo dizer? Será que o protestantismo do Brasil se identifica com a fé Bíblica e com o Espírito da Reforma ou está se tornando cada vez mais um moralismo que enaltece a capacidade de auto-redenção do homem? Estamos produzindo cristãos que sejam novas criaturas, sal da terra e luz do mundo, força dinâmica de transformação ou meros conformistas a um legalismo asfixiante e a um moralismo castrante?

Interessante notar que Merval Rosa atribui a culpa pelo Cristianismo desfigurado dos nossos dias ao tipo de pregação que se pratica em nossas Igrejas. Atentando para suas ponderações podemos concluir que o resultado deste tipo de pregação geradora de crise produz não discípulos de Cristo, mas fariseus modernos.

Por Pastor Paulo Petrizi - Campinas - São Paulo - Brasil















terça-feira, 12 de abril de 2011

E QUANDO O GRANDE DIA CHEGAR?

“Mas quem suportará o dia da sua vinda? E quem subsistirá, quando ele aparecer? Porque ele será como o fogo do ourives e como o sabão dos lavandeiros.
E assentar-se-á como fundidor e purificador de prata; e purificará os filhos de Levi, e os refinará como ouro e como prata; então ao SENHOR trarão oferta em justiça”. Ml 3:2-3

Nunca em tempo algum se ouviu falar tanto da vinda de nosso Senhor, mas quem suportará o dia da sua vinda? O profeta Malaquias falava aos levitas da necessidade de purificação do povo, estes deveriam ser fiéis ao Senhor, pois tinham a tarefa de zelar pelas coisas do templo e ensiná-los acerca da Palavra. Nós somos os levitas dos dias de hoje, e precisamos estar preparados e vigilantes zelando pela nossa herança, aguardando ansiosos pelo dia da vinda do Senhor, pois breve muito breve Ele virá.

Entretanto não sabemos quando, porém o Senhor nos diz que está a porta e bate, se ouvirmos a Sua voz, entrará em nossa casa e ceara conosco (Ap 3:19).

É tempo de renovarmos nossa aliança, de nos despojarmos do velho homem, nos revestindo de santidade. O Senhor virá, não tardará, Ele nos purificará e limpará as nossas vestes, ele enxugará as nossas lágrimas e juntos entoaremos novo cântico em um novo céu e uma nova terra

“Quando o Grande Dia, quando o Grande Dia chegar, e ele vem. Quando o Grande chegar, eu cantarei, eu cantarei, sim, sim. Valeu, Valeu!!!”


domingo, 10 de abril de 2011

PECADORES NAS MÃOS DE UM DEUS IRADO

TRECHO DO SERMÃO “PECADORES NAS MÃOS DE UM DEUS IRADO”


“Deus não colocou nenhuma obrigação sobre si mesmo, nem fez qualquer promessa de preservar o homem natural do inferno por um momento sequer. (...) De forma que, indiferente daquilo que alguns imaginam ou interpretam a respeito das promessas feitas ao homem natural.., está claro e manifesto que, sejam quais forem os esforços que o homem natural dedicar à religião e sejam quais forem suas orações, enquanto ele não crer em Cristo, Deus não tem obrigação nenhuma de preservá-lo por um instante da destruição eterna. Portanto, Deus segura os homens naturais em sua mão, suspensos, por assim dizer, sobre o abismo do inferno; eles merecem o abismo de fogo e para lá já foram condenados. Deus foi extremamente provocado, está tão irado para com eles quanto está em relação àqueles que já estão sofrendo a sentença do ardor da sua ira no inferno. Não fizeram nada, por mínimo que fosse, para abater ou aplacar esta ira, nem Deus se obrigou por qualquer promessa a preservá-los por um instante. O diabo aguarda por eles, o inferno está com sua boca escancarada, as chamas crescem e reluzem à sua volta, querendo devorá-los; o fogo reprimido nos seus próprios peitos tenta irromper para fora e, como não têm qualquer interesse em seu Mediador, não há meios ao seu alcance para que obtenham segurança. Em síntese, não há refúgio, nada a que se possam ater - a única coisa que os preserva, de momento a momento, é a mera vontade arbitrária e a tolerância não obrigatória e não comprometida de um Deus inflamado”.


Por Jonathan Edwards. Sermão pregado em 08 de Julho de 1741 em Enfield, Connecticut - EUA


Fonte: www.luz.eti.br/jedwards_sinners_pt.html

NOSSA ÚNICA DÍVIDA É AMAR E EVANGELIZAR


A Palavra de Deus nos ensina que a ninguém devemos coisa alguma exceto o amor (Rm 13:8), entretanto nestes dias temos visto essa dívida ser esquecida paulatinamente e o amor que deveria mover e impulsionar nossos corações se esfriar. Paulo foi alcançado e liberto pelo amor do Senhor. Por entender esse amor, reconhecia sua dívida com Cristo, assim evangelizava, pois o amor o impulsionava a buscar os perdidos. Ele reconhecia que era pecador e sabia que a promessa da salvação era para todos que cressem em Cristo Jesus (1Tm 1:5 e 1Tm 1:15-16).

Em todo tempo buscava cumprir o IDE de Deus pois entendia o amor do Senhor. Pode-se observar o zelo constante de Paulo com a pessoa de Timóteo, aos poucos ele se tornou o pai espiritual desse discípulo ensinando a permanecer na fé.

Não é difícil entendermos o amor que movia o coração daquele homem, afinal, Cristo nos amou primeiro (Jo 3:16). Por Ele nos foi confiada a tarefa de buscar vidas, de sermos disseminadores desse Evangelho Muitas das vezes, quando ganhamos algo fazemos questão de anunciar o quão bom e maravilhoso é o presente. Assim, como nós conhecemos o amor de Cristo é necessário que toda humanidade venha conhecer. É nossa tarefa evangelizar, alcançar vidas, povos e nações (1 Co 9:16). Entretanto, muitas das vezes apesar de sermos conhecedores da Palavra rejeitamos a voz de Deus e acabamos dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios, através de homens que renegam as obras do Espírito destruindo sua própria consciência (1Tm 4:1-2).

Se não reconhecermos a nossa dívida com Cristo não alcançaremos os céus. Todos nós prestaremos conta de nossas ações diante de Deus, e somente se fizermos a vontade D’Ele é que alcançaremos a promessa (Mt 7:21-23). Quando reconhecemos a nossa dívida, entendemos nosso papel como Igreja e zelamos por ele, nos esforçamos e permanecemos firmados na fé, apesar dos embaraços e tropeços.

Mesmo aprisionado, Paulo de forma zelosa encoraja Timóteo a continuar pregando a palavra, corrigindo e repreendendo "com toda a longanimidade e doutrina" (2 Timóteo 4:2), mesmo no meio de muitas perseguições pelas mãos dos infiéis (Hb 10:36 e Hb 10:23-25).

A nossa recompensa não está nesse mundo, devemos nos apressar e nos dispor a tempo, pois perto está o Senhor e não tardará (Hb 10:37). Lendo, meditando, praticando e ensinando a Palavra (1Tm 4:9-6), crescendo na graça e no conhecimento do Senhor. Não esquecendo de aproveitar toda oportunidade que nos é dada de falarmos do seu amor e dos seus milagres (II Tm 4:2 e Hb 4:16). Jamais podemos esquecer que somos responsáveis por cada vida ao nosso redor, seja na nossa casa, na escola, faculdade ou local de trabalho.

Paulo sabia que Timóteo precisava da palavra de Deus para fazer o trabalho de evangelista. Ele não ordenava que Timóteo se apoiasse na sua "experiência", e nem que ele estudasse teologia para aprender pregar. Em vez disso Paulo mandou: "tem cuidado de ti mesmo e da doutrina... porque, fazendo assim, salvarás tanto a ti mesmo como aos teus ouvintes" (1 Timóteo 4:16). De nada adianta ganharmos o mundo inteiro e perder nossa alma.

Nós cristãos devemos nos guardar e zelar pela Sua Palavra, anseiando pelo Grande dia, o dia em que o Noivo virá para levar sua noiva, o dia em que nos alegraremos e cearemos com Ele declarando Santo, Santo, Santo é Senhor dos Exércitos.