Não me considero uma cristã exímia (e ainda estou longe de ser), mas tento ponderar minhas atitudes (apesar de muitas vezes não conseguir fazer, de certo tenho tentado), afinal eu tenho o Espírito Santo de Deus que “convence o homem do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:8)”. Bem, me convencer do pecado, isso basta para que eu entenda onde tenho errado. Creio que todos sabemos onde temos errado e no que precisamos melhorar. Ultimamente tenho visto igrejas lotadas de crentes, supercrentes, superprofetas, homens e mulheres que dizem ser a boca de Deus aqui. Bem, eu tenho sentido falta de alguns cristãos, sabe aqueles homens e mulheres simples regidos por princípios, que ficavam nas escolas bíblicas e nos cultos de doutrinas nos ensinando acerca da Palavra? Cristãos simples que não precisavam de muitos discursos para exortar precisando apenas das palavras de Cristo para amortecer nossos corações, tentando fazer com que permanecêssemos nos mesmos princípios que foram criados. Homens e mulheres de Deus de verdade, diáconos de verdade, pastores de verdade. Hoje vejo isso ruir em nosso meio, a igreja cedeu espaço para crentes que mais parecerem embalagens de supermercados, aquelas tão bonitinhas e sem conteúdos valiosos. Eles precisam berrar para serem vistos, dar as melhores ofertas, ter a mais bela voz, ou subir ao palco fazendo culto-show. Se isso não for suficiente, é preciso estampar aos quatro ventos quantos frutos ganharam o ano todo. Não precisamos ser vistos nem notados pelos homens, nem precisamos almejar aquilo que o mundo oferece. Basta sermos quem somos e facilmente anunciaremos as obras de CRISTO. Isso me faz lembrar uma pequena história, não se conseguirei extrair com riqueza todos os detalhes, mas é basicamente assim:
“Certa vez, um jovem cristão louco e apaixonado por Cristo, avistou um humilde carroceiro, sujo e maltrapilho. Segundo ele essa seria uma boa oportunidade de apresentá-lo a Cristo e de fato ganhar essa vida. Não demorou se dirigiu ao senhor bem eufórico, disposto a anunciar as boas novas. Começou a falar do amor de Cristo, e de suas grandes obras, e daquilo ele poderia lucrar conhecendo o Seu amor. De repente, aquele senhor ouvindo atentamente o jovem revelou que já conhecia e vivia esse amor. O jovem cristão não entendeu como uma pessoa que um dia conheceu esse amor poderia viver daquela forma e na aparente condição de miséria. Mesmo assim, julgou que algo estaria de errado e ele ainda poderia oferecer algo àquele homem. Entretanto, o senhor começou a falar do amor e o poder de Deus, falava disso com propriedade, pois tinha intimidade e conhecimento de Deus. Seu pequeno filho padecia de uma enfermidade, e ele muito orava ao Senhor para que ele fosse curado. Infelizmente, não teve sucesso, o filho morreu em seus braços. Porém, decidiu não se desesperar e procurou lembrar-se das promessas de Deus, tomou o filho nos braços, o abraçou, orou e chorou a noite inteira, e depois durante toda a madrugada para que Deus o ressuscitasse. Seu pequeno filho ressuscitou. Ao ouvir essa história o jovem cristão pasmou questionando-se sobre essa fé, de fato Ele não a tinha. Julgou o carroceiro e aquilo que ele pensava acrescentar foi acrescentado por àquele homem a sua vida”.
Aquele homem simples não era só mais um crente, era um cristão com uma fé inabalável, estava bem longe de ser um cristão comum, desses que encontramos espalhados por aí. Ele vivia as promessas do Pai, conhecia muito bem o amor do Senhor. Ser cristãos simples, amantes de Deus e da Sua Palavra, isso sim fará diferença em nossa vida, o mundo notará que somos com facilidade e não precisamos nos mascarar para que isso ocorra. Se assumirmos a postura de filhos e revestirmo-nos da autoridade que Ele nos deu, facilmente seremos reconhecidos como sal e luz nesse mundo.
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